Com a eleição de Barak Hussein Obama, podemos acreditar em um mundo melhor? Por que ele é negro, filho de um imigrante queniano e possui um nome muçulmano? Só isso já bastaria para crermos que o mundo dá um passo enorme em superações raciais e preconceitos. Porém, onde estão as propostas para o mundo em si? Sua retórica é vazia e sem objetivos, inicialmente, criativos para lidarmos com o monstro da crise.
Obama não vem de uma pobreza que atinge muitos americanos. Ele vem de uma classe média que ganha cada vez mais espaço no país da oportunidade. Ele não é uma pessoa analfabeta, pelo contrário, estudou direito em uma das escolas mais prestigiadas do planeta: Harvard Law School. Ele é negro, mas nunca passou por discriminações que impediram seu crescimento e desejo de se tornar um advogado, posteriormente um senador e, hoje, o homem mais poderoso do mundo.
Obama vem com tudo o que nós brasileiros encaramos como dificuldades. Ser negro, filho de imigrante e não ter um nome legítimo americano. Preconceitos e paradigmas que deparamos dia-a-dia em nosso país. Até aí, ver esse homem chegar à Casa Branca, é uma vitória extraordinária. Como também classificamos a eleição do presidente Lula no Brasil. Vindo de família humilde, nordestina e com poucos recursos para educação.
No fundo, o que queremos saber é se além de superar tudo isso e alcançar um sonho, criar uma esperança, existem realmente mudanças criativas para enfrentar a montanha que vem pela frente. Até o momento, só vemos que ele é o primeiro presidente negro da história dos EUA. Existe mais algo interessante para se dizer?
Editorial: Jornal da Tecno Cast / novembro 2008
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