quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Desmembrando o Chinese Democracy

Vamos lá, se você já está com o novo CD do Guns N' Roses, Chinese Democracy, nas suas mãos, ou ouviu com exclusividade pelo My Space, vamos juntos vasculhá-lo e se for possível chacoalhar a cabeça. São 14 músicas, muitas, muitas baladas e um som que não vai te levar a nostalgia do velho Guns. Foram quase duas décadas de espera e certamente você vai querer ouvir, mas será que mais de uma vez?

CHINESE DEMOCRACY - Leva o nome do trabalho e nos dá a sensação de entrar numa experiência pra lá de contemporânea. Vai tocar nas rádios por conta de contratos com gravadoras, mas não por muito tempo. O riff até te pega, os efeitos não são ruins e a letra você engole sem fazer força. É diferente e você pularia num show com vontade. É boa.

SHACKLER'S REVENGE - Oh My God, é o Korn? Não ainda o Guns com essa voz do Axl que não entendi direito. A música é cheia de efeitos, mais parecendo uma superprodução, de repente para um filme.

BETTER - É uma balada bem longe daquelas do passado, mas até dá pra engolir e você consegue ouvir o Axl nessa. A batida é aceitável e pode até virar um hit daqueles de tocar um mês nas rádios. Tem um solo interessante, meio numa velocidade estratosférica, mas sem muita criatividade. Aquela coisa meio de estudante do IGT mandando ver nas escalas. Parece que não acaba nunca.


STREET OF DREAMS - Balada com piano clássico do Axl, voz powerfull, mas com uma letra meio piegas. Você aceita a música na boa e até pensa que um disco inteiro com baladas assim não ficaria tão mau. Música bonitinha, pra viajar de carro e colocá-la num momento da viagem para relaxar. Bom, vou ao banheiro, quando acabar dá um berro.

IF THE WORDS - Olha a festa Rave aí. Essa é pura produção de efeitos de bateria, teclado e guitarras. Não entendi direito. If you do, good for you!

THERE WAS A TIME
- Again outra balada. Segunda parte da música melhor que o começo, vale a pena esperar pelo riff, bem pesado e até te leva a chacoalhar a cabeça um pouco. Porém, nada além disso. Dá pra engolir e o solo de guitarra é muito bom.

CATHER IN THE RYE - Adivinha essa, baladou com a vassoura? Pois é, mais uma vez Axl vai fazer você ficar juntinho de quem você gosta. Até agora só balancei a cadeira de um lado pro outro. Chata essa, heim. Pula, pula...

SCRAPED - Oh, Crap! O que tá havendo, o riff é pretencioso e a bateria é poderosa, mas o que é isso nos vocais? Quantas vozes existem nessa música, umas cinco pelo menos. O solo mais uma vez vem salvar a galera e não é o Slash. Final bom.


SORRY - Bom, a música faz jus ao nome. Sorry mesmo, porque essa foi de matar. Letra fraca e previsível. Die, die, die.

RIAD N' THE BEDOUINS - Aleluia, acordei. Tem ginga e um riff bem bacana. Pode virar algo nas rádios, como OH My God. Vocal nervoso e guitarras bem pesadas. Cheguei a levantar da cadeira.


IRS - Oba, essa tem potência e sincronia de voz com as guitarras pesadas. Dá para indicar a um amigo. Pois bem, escute que essa pode ficar grudada no seu cérebro por alguns meses e o faça lembrar desse disco. Foi a mais crua que eu ouvi e a guitarra surpreende. Quem sabe uma fase do Guitar Hero? Boa, boa, boa.

MADAGASCAR - Meu, pega a vassoura de novo e vai ficar bem coladinho. Tô entrando na deprê neste exato momento.


THIS I LOVE - Pode escolher essa para sua festa de casamento. Coloque no momento em que a festa está acabando. Todo mundo vai sentir o clima e ir embora, claro que não antes de ver suas fotos de infância constrangedoras que aquele buffet barato que você escolheu montou no powerpoint para os convidados. Veja o lado bom, substitui os "Amigos para Siempre". This I Hate!

PROSTITUTE - Opa, um riff bom e pesadão. Pena que ele acaba rápido e a gente se depara mais uma vez com as batidas eletrônicas. Hum, mas se você conseguiu chegar até aqui, um peido não é nada.

Resumo: Por favor, leiam o blog do início da semana pois ele reflete minha opinião a respeito dessa experiência meio que dramática. Se eu colocar qualquer adjetivo hoje aqui, estarei sendo redundante.

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