sexta-feira, 17 de abril de 2009

A publicidade que deixou os chineses indignados


No mundo dos publicitários existe uma linha muito tênue que se separa a ideia brilhante do projeto ordinário. Às vezes, muito às vezes, alguns publicitários conseguem ficar sobre essa linha, fazendo com que o público se divida em classificar uma propaganda de genial ou medíocre.


Profissionais alemães da Agência Grey Worldwide realizaram uma campanha publicitária de camisinhas para uma empre farmacêutica pra lá de ousada, original e, possivelmente, ofensiva. Na propaganda, milhares de espermatozóides nadam em direção a um útero e um deles, o de principal destaque, tem alguns detalhes que fazem uma notória alusão ao saudita Osama Bin Laden, a Adolph Hilter, e o líder comunista Mao Tsé-tung. Enquanto nadam em direção à vida, os Cabelos de Mao, a Barba de Bin Laden e o Bigode de Hitler criam uma caricatura alusiva dando a entender que algum desses facínoras poderam fecundar o óvulo. A maneira mais óbvia de se impedir isso é utilizando a caminha, que está exposta no canto inferior do quadro.

Até aí você pode dizer que, apesar de não ter nenhum texto, a propaganda é clara e direta no objetivo de proteção e prevenção de uma gravidez não desejava, principalmente de "monstrinhos" como esses sugeridos. Porém, quem não gostou nada disso, foi a comunidade chinesa, que classificou a propaganda de discriminatória e racista, já que associa Mao a dois dos maiores facínoras de todos os tempos. Na China, Mao ainda é visto com grande respeito pela população e, apesar do genocídio promovido por ele em seus anos de chumbo, o povo o classifica como um dos maiores líderes que o país já teve.

Não sei se baniria a campanha por isso, mas tenho várias sugestões para colocar no lugar de Mao. Eu sei que ele já deixou o cenário político, vive agora lá no Texas, mas pode encaixar o topete dele aí que todo mundo vai identificar.

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