Neste ano irão comemorar (ou não) os 2º centenário do naturalista britânico Charles Darwin, que revolucionou a maneira do homem pensar em relação à sua origem com a famosa “Teoria da Evolução das Espécies”. A igreja, naturalmente, é a mais cética em relação ao livro a “Origem das Espécies”, que foi publicado em 1859, que Darwin afirma que os seres humanos têm enorme ligação genética (mesmo quando nem se imaginava estudar isso) com alguns tipos de primatas. A famosa transmutação da espécie considerada blasfêmia pela Igreja, que desmotivava cientistas como Darwin a pesquisar a respeito do assunto.
Hoje, 200 anos depois do nascimento de Darwin e 150 anos depois da publicação do livro revolucionário, o que nós evoluímos como seres humanos em relação ao preconceito? Fica claro o exemplo de algumas escolas adventistas que, além de aplicar descrédito para Darwin, aplica a teoria do criacionismo nas aulas de ciências. Eu evoluí em relação ao preconceito e posso admitir que não tenho nada contra quem acredita que Deus fez o céu, terra, o universo e todos os seres vivos, contudo, essa teoria não é científica. Não houve nenhum tipo de pesquisa, tese ou amostras recolhidas, catalogadas e arquivadas sobre as ações de Deus sobre a criação do homem. A prova irrefutável está nas palavras da Bíblia e isso, para muitas pessoas, vale mais do que qualquer prova material. Portanto, por que não aplicar sua teoria na aula de religião?
Na maioria das civilizações antigas, tanto nas atuais, é possível encontrar relatos explicando a origem de tudo como um ato intencional criativo, muitas vezes destacando umas figuras como originadores divinos. Já Darwin prega que a evolução dos organismos ocorre através de uma seleção natural sem qualquer intervenção divina, mas seu livro menciona brevemente a ideia de que seres humanos também deveriam evoluir como tal quais outros organismos. Científico e polêmico. Séculos apósa apresentação dessa ideia, ela sobreviveu aos protestos mais ácidos da Igreja e ainda é a mais respeitada dentro do mundo científico. Mesmo assim, algumas escolas acham importante dar a liberdade de pensamento a uma criança colocando uma matéria dessas na aula de ciências e comparando as teorias. Na minha visão, são dois assuntos que tenho enorme respeito, porém distintos. U m é científico e outro teológico. Não existe razão para estarem no mesmo lugar, sem querer eleger grau de importância.
Darwin merece seu crédito pelos cinco anos viajando naquele navio em lugares poucos explorados ainda pelo homem. Como a idéia do criacionismo também merece seu espaço e seguidores. Contudo, senhores educadores, saibam separar os assuntos, pois só assim se cria uma liberdade de pensamento livre de qualquer influência arbitrária e proposital.
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