sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Lança contra o Lance

Os tempos de ídolo do esporte parecem ter passado para Lance Armstrong, heptacampeão do Tour de France, a prova mais tradicional do ciclismo mundial. O veterano atleta participava de um evento na Califórnia (EUA), no último domingo, quando foi atacado por um “Seringa-Man” – um homem fantasiado de Diabo com uma enorme seringa nas mãos que tentava a todo custo “espetar” o campeão.
Lance não deixou barato o protesto do manifestante e arremessou o pobre coitado contra um barranco antes de continuar na prova. A razão da excêntrica manifestação é a suposta dopagem de Armstrong durante quase toda sua carreira, o que o levou a muitos títulos e a consagração como um dos maiores ciclistas de todos os tempos. Alguns acreditam que esse comportamento teria resultado no aparecimento de um câncer no testículo e tumores, do tamanho de bolas de golfe, no pulmão e no cérebro. O ciclista passou por um rigoroso tratamento e se recuperou completamente do maligno diagnóstico.


Para alguns admiradores do esporte, Lance pode ter trapaceado e, mesmo com uma história de luta contra uma doença fatal, não merece o reconhecimento que tem hoje. Não sei se Armstrong enganou as pessoas durante sua brilhante carreira, mas acho que ele engana a si mesmo tentando ainda competir em alto nível com outros atletas muito mais jovens. O resultado da volta da Califórnia foi bem aquém daquilo que associávamos seu nome. Um modesto 7º lugar numa prova que não é considerada de brilho pelos ciclistas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Condenados da mentira

A advogada Paula Oliveira ganhou notoriedade nos jornais do mundo inteiro nas últimas semanas pelo suposto atentado que sofreu na Suíça por três skinheads, que a atacaram por ser estrangeira. A história, no entanto, foi desmoronando no decorrer das investigações da polícia suíça, que desde o início apontava uma autoflagelação e uma possível invenção da brasileira. O governo brasileiro bradou por explicações e ameaçou, inclusive, pedir a intervenção da ONU caso a polícia aplicasse qualquer tipo de discriminação contra Paula por ela ser estrangeira. Acusaram, ameaçaram e a polícia chegou a conclusão, com a confissão da própria Paula, que ela mentia.

A virada de mesa gerou um mal-estar generalizado entre Brasil e a Suíça, que também se chocaram com as características brutais do crime. Paula criou uma farsa que ninguém sabe o porquê, no entanto, a mídia suíça aponta que um forte motivo pode ser a indenização que uma pessoa possa receber em caso de sofrer qualquer violência naquele país.


Paula não era pobre. Vem de uma estirpe familiar de advogados; bem relacionados; educada; empregada legalmente no país em uma importante empresa Dinamarquesa; matinha um relacionamento com um cidadão suíço; não possuía antecedentes criminais e ou comportamentos anormais. O que levou essa moça a fazer o que fez e ainda rotular um país inteiro de cultivar uma política racista através de um partido de direita com grande representação na Suíça – esse sim com claras menções a xenofobia.

Paula cultivou nesses dias um conflito diplomático entre países que possuem tradições de cooperação e boa vizinhança. Prejudicou a si mesmo e, o pior, prejudicou milhares de brasileiros que vivem naquele país e agora terão que arcar com a reprovação do povo em relação à sua conduta moral. Ela não faz ideia do mal que causou às pessoas. Isso vai ser marcado na vida das pessoas que a defenderam, se solidarizaram e pediram justiça contra alguém que aparentemente era mais fraco. E as marcas serão bem mais profundas do que as suas, Paula.

A defesa de Paula pretende alegar que a ela sofre Lúpus, uma doença inflamatória que, entre outros sintomas, pode causar distúrbios psicológicos. Eu quero acreditar que ela sofra de um distúrbio mental para ter arquitetado maquiavelicamente isso, pois caso exames provem que ela também não possui esse tipo de doença, não teria mais palavras para ela.
As hipóteses que se especulam são muitas: Chamar a atenção, ter desvios de personalidade por problemas psicológicos, conseguir dinheiro de maneira fácil e ilegal, ou qualquer outra razão que apareça, não justificam esse drama todo. Paula está na mão da justiça, que irá ouvi-la, julgá-la e, naturalmente, condená-la a extradição. Perderá seu excelente emprego e ainda vai retornar ao Brasil como uma doente ou uma golpista. Não sei o que é pior.


Pior que isso, só as comunidades abertas pelos cidadãos suíços no Facebook, onde pedem, entre outras coisas que difamam o Brasil, a expulsão de Paula. A meu ver, o único que saiu fortalecido dessa história foi o UDC, que prega com sua política conservadora e xenófoba, a proteção do povo suíço justamente de pessoas como Paula Oliveira.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Brincadeira sem graça termina com tapa na cara

Existem pessoas que não medem seus limites até... tomarem um belo tapa para se tocarem. O infeliz da vez foi um apresentador alemão que, com sua colega tcheca (por favor, sem trocadilhos), apresentavam um programa ao vivo para escolha do próximo representante da Eurovisão.

O espertalhão estava tão à vontade com suas piadas e com o público que resolveu promover uma cena mal educada e de péssimo gosto para os milhares de telespectadores: resolveu apertar os seios da colega enquanto falava uma piada. Como nada disso estava combinado, acabou recebendo um belo tapa na cara com uma resposta seca da colega dizendo que aquilo não tinha graça. Ficou feio mesmo!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Você está quebrado, Mr. Trumph

Uma frase que os entusiastas do programa "O Aprendiz" cansaram de ouvir foi "Você está despedido". A versão americana, comandada pelo magnata imobiliário Donald Trumph, e que inspirou a versão nacional, também conquistou os EUA com "You're Fired". Porém, os dias de Donald Tumph parecem - de novo - estar ficando negros. E garanto que não é por causa do presidente americano Barack Obama.

O Wall Street Journal divulgou na sua edição de hoje que os cassinos do empresário estão à beira da falência e deverão ser colocados sob a proteção da lei de falências. Paradoxalmente ao programa, que é um reality show, Mr. Trumph se demitiu na última sexta-feira- isso mesmo, he fired himself - da sua posição de presidente do conselho do Trumph Entertainment Resorts e imediatamente, a própria diretoria, deu entrada no benefício falimentar. Isso permite que uma empresa se reestruture a fim de proteger seus credores.

Segundo o jornal, o cassino acumula uma dívida de quase US$ 2 bilhões e viu sua situação se agravar com a crise econômica mundial, quando levou a quedas expressivas do faturamento de Antlatic City em 18,7% a menos em seu volume de negócios, o pior de sua história. É, Mr. Tumph, you are broke!

Árbitro recebe um "míssil" no rosto durante partida

Uma cena pra lá de inusitada marcou a partida entre Lazio e Torino, no último sábado, pelo campeonato italiano. O árbrito Massimiliano Saccani foi atingido por uma bolada em cheio no rosto, que pelas imagens mais parecia um míssil pela potência do petardo.

O árbitro chegou a perder os sentidos por alguns segundos e recebeu atendimento médico ainda dentro do campo. Pelas imagens, se eu fosse ele faria uma ressonância magnética para ver se o cérebro sofreu algum dano. Que paulada!

Estudo afirma que mulher é um objeto

Está aí um estudo que vai dar o que falar. Um experimento apresentado por 21 homens heterossexuais, estudantes de pós-graduação da Universidade de Princeton, apresentado em Chicago, afirma que os homens quando vêem o corpo de uma mulher de biquíni, sem ver o rosto, passam a enxergá-la como um objeto. Do tipo igual a um martelo.

Sua namorada ouviu isso e já levantou da cadeira pra te dar um tapa na testa, calma, tem mais. O experimento utilizou máquinas de ressonância magnética para mostrar que os circuitos cerebrais ativados nos homens durante a observação de um corpo feminino sensual desprovido de identidade (com uma mascara igual da Tiazinha, por exemplo) são os mesmos que permitem de reconhecer uma ferramenta ou um objeto inanimado. Um martelo, uma garrafa, uma chave, etc.



Os testes mostraram que o córtex pré-motor dos homens --uma das partes do cérebro mais envolvidas no reconhecimento-- foi a área cerebral mais ativada nos voluntários que observavam fotografias de um colo feminino. Essa parte do cérebro também é acionada quando é feita uma interpretação mecânica de uma imagem -em oposição a interpretações sociais.

No total do teste, cada participante ficou diante de 160 fotos. Elas eram de mulheres e de homens. Nos dois casos, foram apresentadas durante o experimento fotos com roupas de trabalho e também em trajes de banho. Imagens de rostos humanos, para medir a capacidade de reconhecimento de cada participante do teste, também foram exibidas. Basicamente, a intenção era medir o grau de bem-estar dos voluntários após terem visto imagens de mulheres e de homens, tanto com o corpo exposto quanto coberto com roupas de trabalho.


O Resultado foi o mesmo em todos os homens e de maneira que não poderíamos racionalizar ou premeditar essas reações. Portanto, minha dica para as mulheres é a seguinte: quando estiverem em um Sex Shop, pensem muito bem nas fantasias sexuais propostas pelo estabelecimento, pois se vocês capricharem demais na máscara é possível que no outro dia seu marido a esteja utilizando para abrir garrafas de cerveja, igualzinho a um abridor.

The book is on the table, Scolari

Há alguns dias quando eu vi o treinador do Palmeiras, Wanderlei Luxemburgo, afirmar em um programa esportivo que o ex-técnico do Chelsea, Luis Felipe Scolari, que foi recentemente demitido do cargo, dizer que a língua inglesa foi o maior obstáculo de Felipão, eu imaginei imediatamente “what a crap”. No entanto, depois de ler a entrevista do meio-campo dos “Azuis”, Michael Ballack, no The Sun, não é que Luxa tinha razão.

Ballack afirmou que Scolari era um grande técnico, mas que muitas vezes ele tentava explicar muito mais do que podia com seu inglês.

Scolari was a great coach. Sometimes the language was not a problem though sometimes I felt he wanted to explain much more than he could with his language.”

Já comparado com o novo técnico, o holandês Gus Hiddink, o jogador afirma que o inglês do sucessor é próximo a perfeição.

Big Phil, como é chamado na Inglaterra, voltou a aquecer o mercado de treinadores antes do final da temporada. Portugal, país onde Felipão é idolatrado pelos seus feitos pela seleção local levando-os à final da Eurocopa de 2004, e Manchester City, que enfrenta enormes problemas com seu atual Técnico, são possíveis possibilidades para Scolari. Porém, dada as circunstâncias sobre a falta de comunicação com os jogadores, Felipão deveria aproveitar as semanas que faltam para o final da temporada e se inscrever em um curso intensivo de inglês em Londres.

Caso permaneça em solo europeu, assim estaria afiadíssimo para seu próximo desafio como técnico. Dinheiro não vai faltar, só a rescisão de seu contrato no time – estimada em R$ 25 milhões - já renderia uma bela aposentadoria onde ele quisesse no mundo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Acharam o fim do arco-íris; Sem pote de ouro

Enfim a lenda do arco-íris foi desvendada. E acreditem, não foi o Mythbuster o responsável pela quebra do mito. Jason Erdkamp viajava com sua picape no último domingo por uma estrada na cidade de Orange County, na Califórnia (EUA), quando registrou o fantástico fenômeno. O resultado, porém, está bem aquém da famosa lenda, onde um duende de tamancos seria o guardião de um pote de ouro. Ledo engano, o que se vê é o fim dele na própria estrada de maneira reluzente, mas não por qualquer tipo de ouro.

Cientistas afirmam que o momento registrado pelo motorista com seu telefone celular é raríssimo, já que um arco-íris viaja a uma velocidade de cerca de 50 km/h, sendo muito difícil fotografá-lo.

Jason não achou o tesouro, mas, segundo ele, naquela mesma noite ele ganhou US$ 25,00 na loteria. Isso que é sorte!



Cuidado para não atropelar o ouro.



O arco-irís viaja a uma velocidade de 50km/h

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diplomacia da vergonha

Eu adoro a Suíça. Nas duas vezes em que estive lá fui tratado com extrema cordialidade e respeito que serviram de base na formação da minha opinião em relação a esse país, respeitado no mundo inteiro pela diplomacia e cultura exemplar. Porém, a notícia da advogada Paula Oliveira, de 26 anos, que foi atacada brutalmente por três skinheads na última segunda-feira na saída de um trem em Dubendorf, cidade próxima a Zurique, me causa enorme preocupação. Os covardes que atacaram Paula, não só a escolheram por ser estrangeira, mas por ser mulher e indefesa diante de facínoras como esse. Durante 15 minutos a advogada foi espancada, humilhada e teve seu corpo retalhado por pequenos cortes de estilete com as siglas do partido de extrema direita de Christoph Blocher, o UDC (União Democrática de Centro). Paula estava grávida de três meses de gêmeos de um cidadão suíço e, após o ataque, sofreu um aborto.
O UDC se tornou nos últimos anos o partido mais importante da Suíça e sua política prega basicamente o desrespeito aos direitos humanos, como a xenofobia, que impede que estrangeiros trabalhem nos país; a islamofobia, a qual proíbe a construção de Mesquitas, por exemplo, no território suíço; e o racismo. Diante da enorme quantidade de estrangeiros que vivem na Suíça (muitos ilegalmente) e contribuem com o crescimento e desenvolvimento do país, o UDC prega uma federação livre dessa mão de obra e recuperação das suas raízes culturais, as quais vêm se perdendo diante da invasão de diversos estrangeiros nos últimos anos.

O que me choca é o fato da imprensa Suíça nem citar o fato em nenhum de seus jornais. Veja bem, NENHUM JORNAL da comunidade helvética se manifestou a respeito desse caso bárbaro e o tratou como se fosse um assalto à mão armada numa praia do Rio de Janeiro. Como se não bastasse, segundo Paula, o chefe de polícia da cidade, o qual se responsabilizou em investigar o caso, cogitou a hipótese da advogada ter provocado os hematomas e mutilações. Será que se fosse uma cidadã suíça esse vagabundo teria as mesmas indagações?

Pelo início das investigações, já sei como isso vai acabar, em nada. A primeira porque os skinheads que atacaram essa moça certamente imaginavam que ela pudesse ser uma imigrante ilegal e, independente da banalização que eles cometessem com ela, muito provavelmente ela não procuraria as autoridades para registrar uma queixa. Segundo porque a polícia desde o primeiro contato com ela aplicou ainda mais uma violência, a de desprezo por alguém que foi brutalmente violentada e ainda perdera os filhos. E, por fim, a de descaso com esses grupos que crescem vertiginosamente no país e, hoje, podem parecer um problema de uma minoria isolada, porém num futuro podem se tornar uma base assim como se tornou o partido Nazista no início do século passado.

O paradoxo dessa história é que no último domingo, os suíços votaram a favor do prolongamento e da extensão à Bulgária e à Romênia dos acordos de livre circulação dos trabalhadores da União Européia.

Vale sempre fazer um comparativo inverso em situações que envolvem dois países. E se uma suíça fosse atacada no Rio de Janeiro ou em São Paulo por um grupo de Skinheads e perdesse o filho? Como a imagem do Brasil iria ficar além da bunda, do carnaval e do futebol? Pra lá de tupiniquim.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Lição para os superiores

Para todos os que têm de tratar com clientes irritantes, ou com pessoas que se acham superiores aos outros, aprendam com a funcionária da GOL Linhas Aéreas. Destrua um ignorante sendo original como ela foi.

Uma funcionária da GOL, no aeroporto de Congonhas, São Paulo, deveria ganhar um prêmio por ter sido esperta, divertida e ter atingido seu objetivo, quando teve que lidar com um passageiro que, provavelmente, merecia voar junto com a bagagem.


Um vôo lotado da GOL foi cancelado. Uma única funcionária atendia e tentava resolver o problema de uma longa fila de passageiros. De repente, um passageiro irritado cortou toda a fila até o balcão, atirou o bilhete e disse:

- Eu tenho que estar neste vôo, e tem que ser na primeira classe!

A funcionária respondeu:


- O senhor desculpe, terei todo o prazer em ajudar, mas tenho que atender estas pessoas primeiro, já que elas também estão aguardando pacientemente na fila. Quando chegar a sua vez, farei tudo para poder satisfazê-lo.

O passageiro ficou irredutível e disse bastante alto para que todos na fila ouvissem:


- Você faz alguma ideia de quem eu sou ?


Sem hesitar, a funcionária sorriu, pediu um instante e pegou no microfone anunciando:


- Posso ter um minuto da atenção dos senhores, por favor? (a voz ecoou por todo o terminal).

E continuou:


- Nós temos aqui no balcão um passageiro que não sabe quem é, deve estar perdido. Se alguém é responsável pelo mesmo, ou é parente, ou então puder ajudá-lo a descobrir a sua identidade, favor comparecer aqui no balcão da GOL. Obrigada.

Com as pessoas atrás dele gargalhando histericamente, o homem olhou furiosamente para a funcionária, rangeu os dentes e disse, gritando:

- Eu vou te foder!


Sem recuar, ela sorriu e disse:

- Desculpe, meu senhor, mas mesmo para isso, o senhor vai ter que esperar na fila; tem muita gente querendo o mesmo neste momento.

Pensamentos nebulosos

O polêmico bispo Richard Williamson, que declarou recentemente que nenhum judeu foi morto na câmara de gás durante o holocausto, tomou uma atitude ainda mais intolerante apoiada na sua nebulosa opinião a respeito da guerra: não pretende conhecer os campos de Auschwitz. Mesmo depois de ter vomitado todo esse clamor anti-semita e, inclusive, defender o Papa Pio XII (que para muitos historiadores foi um cúmplice do nazismo), o clérigo pretende clarear suas idéias lendo.

Pois bem, na visão dele a melhor forma para uma possível retratação é a leitura e compreensão do livro “Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers" (Auschwitz: técnica e operação das câmaras de gás) de Jean-Claude Pressac. É um bom livro, mas visitar àquilo que já foi considerado o inferno para o povo judeu não serviria de lição e aprendizado? Será que após 50 anos dessa maldita herança da humanidade, uma pessoa informada, educada, estudada e formadora de opinião como ele, não poderia ajoelhar mais uma vez e admitir culpa por um sacrilégio desses? Não, acredito que isso não seja demais para o senhor, agora excomungado, ex-bispo Williamson. Demais para ele é sustentar ao papado de Josef Ratzinger, o qual é criticado pelos esquerdistas cristãos alemães, e afundar um pouco mais as ideias ortodoxas da igreja católica vá lá, não é tão mal para ele.

O bispo alega que suas investigações feitas na década de 80 são totalmente relevantes e que cerca de 300 mil judeus tenham morrido nos campos de concentração nazistas, bem aquém dos 6 milhões defendidos pela maioria dos historiadores, porém nenhum deles em uma câmara de gás. Ou seja, aqueles relatos feitos por dezenas de milhares de pessoas que sobreviveram essa inglória foram puro delírio. O famoso “banho” da morte nunca ocorrera e, obviamente, os sobreviventes e testemunhas criaram essa fábula macabra para agravar ainda mais os métodos sádicos e as atrocidades cometidas pelos oficiais nazistas contra os judeus.

Eu, provavelmente, tenho um raso conhecimento diante do senhor Willianson para defender uma tese dessas. No entanto, eu li e vi diversos filmes que clarearam ainda mais minha visão quanto à limpeza étnica feita pelos nazistas no período de guerra.

Estou fazendo uma lista abaixo dos livros e filmes que o ex-bispo deveria ler e assistir com enorme cuidado antes de cometer uma gafe maior e ignorante.

Livros
MAUS – Art Spiegelman’s
A Indústria do Holocausto – Norman Fikelstein
Olga – Fernando Morais
Modernidade e Holocausto – Zygmunt Bauman
Hitler e o Holocausto – Robert Wistrich

Filmes

O Pianista – Roman Polanski
A lista de Schindler – Steven Spilberg
A Queda – Oliver Hirschbiegel
A vida é Bela – Roberto Benigni
A metamorfose da Câmara de Gás de Dachau

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Personalize suas fotos com um clique

Imagine sua foto na capa da revista Vogue. Algo impossível? Ou então Angelina Jolie trocando a foto do Brad Pitt em sua camiseta pela sua. Também inimaginável? Que todos seus amigos vejam você naqueles imponentes outdoors na Times Square. Um sonho para o ego? Pois bem, isso já é possível e executável em minutos com a ajuda do Photofunia, uma espécie de photoshop que personaliza suas fotos com apenas um clique sem precisar de técnica ou horas de estudo para isso.
Basta clicar e criar fotos inusitadas que vão garantir muitas risadas dos seus amigos.




Virei capa da VOGUE.


Sorry Brad, a mídia só vai divulgar agora Leogelina!

Efeito Grafite é um dos melhores.


Adidas e Nike, por favor, estou sem patrocínio!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Política de balas de chocolate

Sabe aquele país no centro da Europa, com pouco mais de 7 milhões de habitantes, mundialmente conhecido pelo seu excelente índice de Desenvolvimento Humano (IDH), seus Alpes imponentes, sua economia resistente e palco das maiores discussões mundiais para a diplomacia entre as nações. A Suíça, como é conhecida, abriga inclusive a sede da Cruz Vermelha e da ONU é, paradoxalmente, uma enorme potência em distribuir armas para diversas regiões de conflitos do mundo.

Um relatório divulgado por uma ONG revelou que no ano passado, esse pequeno país exportou 721.968 milhões de francos suíços (cerca de 1,4 bilhões de Reais) contra 464,479 milhões (aproximadamente 1 bilhão de Reais) no mesmo período em 2007. Grande parte desse armamento foi destinada ao Paquistão e Arábia Saudita, regiões vizinhas aos maiores conflitos da atualidade.

As exportações para o regime de Islamabad situou-se em 109.845 milhões de euros, ou cerca de três vezes mais do que os 37.532 milhões de euros em 2007. No Oriente Médio, as vendas para a Arábia Saudita explodiu em 2008 de um total de 485.294 francos para 32.108 milhões de francos.
Outros que vem se construindo exércitos com as armas suíças são Dinamarca (83,689 milhões contra 42,033 milhões), Alemanha (80,908 milhões contra 61,746 milhões) e Bélgica (79.363 milhões, contra 5,556 bilhões). Grandes aumentos incluem a exportação para a Finlândia, Eslovênia, Turquia, Romênia, Estônia e da Malásia. No entanto, outros países apresentaram o sentido inverso, como ocorreu nos EUA (28,792 milhões contra 41,854 milhões) e Brasil (4.011 milhões, contra 12,528 milhões). Mercados irlandeses, gregos, cipriotas e da África do Sul foram também menos lucrativos.

A falta de critério para venda dessas armas a países em pé de guerra, como Paquistão com Israel, revelam uma atitude insensata do governo suíço, pois deveria haver sanções que proibissem o envio de material bélico a regiões de conflito. O governo pode negar e se retratar em relação a esses números, porém o que analisamos é que os suíços são muito mais engenhosos em fazer fortunas além dos relógios e chocolates.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O capitalismo das vacas

O capitalismo é o cataclismo do novo milênio. Pensando nisso, estou colocando abaixo uma teoria interessante sobre o modo de pensar cada país diante daquilo que chamam de modelo econômico. Antes do desespero começar o mundo funcionava assim.

CAPITALISMO IDEAL
Você tem 2 vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se rico!

CAPITALISMO AMERICANO
Você tem 2 vacas. Vende uma para empreender na infra-estrutura e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.


CAPITALISMO FRANCÊS
Você tem 2 vacas. Entra em greve porque quer três.

CAPITALISMO CANADENSE
Você tem 2 vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem.Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.

CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem 2 vacas, né? Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhos de vacas chamados “Vaquimon” e os vende para o mundo inteiro.


CAPITALISMO ITALIANO
Você tem 2 vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledeto!!!


CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem 2 vacas. As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem 2 vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem 2 vacas. Elas produzem leite pontual e regularmente, segundo padrões de quantidade, horário estudado, elaboradoe previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
CAPITALISMO RUSSO
Você tem 2 vacas. Conta-as e vê que tem 5. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.


CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter 2 vacas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem 2 vacas e reclama porque seu rebanho não cresce.

CAPITALISMO CHINÊS
Você tem 2 vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba muito de ter pleno emprego e uma alta produtividade. E prende e manda fuzilar o ativista que divulgou os números.

CAPITALISMO HINDU
Você tem 2 vacas. E ai de quem tocar nelas!

CAPITALISMO ARGENTINO
Você tem 2 vacas. Você se esforça para ensinar as vacas a mugirem em inglês. As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.

CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem 2 vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas, e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro e botões, presume que você tenha 200 vacas e, para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo.

200 anos de Darwin

Neste ano irão comemorar (ou não) os 2º centenário do naturalista britânico Charles Darwin, que revolucionou a maneira do homem pensar em relação à sua origem com a famosa “Teoria da Evolução das Espécies”. A igreja, naturalmente, é a mais cética em relação ao livro a “Origem das Espécies”, que foi publicado em 1859, que Darwin afirma que os seres humanos têm enorme ligação genética (mesmo quando nem se imaginava estudar isso) com alguns tipos de primatas. A famosa transmutação da espécie considerada blasfêmia pela Igreja, que desmotivava cientistas como Darwin a pesquisar a respeito do assunto.

Hoje, 200 anos depois do nascimento de Darwin e 150 anos depois da publicação do livro revolucionário, o que nós evoluímos como seres humanos em relação ao preconceito? Fica claro o exemplo de algumas escolas adventistas que, além de aplicar descrédito para Darwin, aplica a teoria do criacionismo nas aulas de ciências. Eu evoluí em relação ao preconceito e posso admitir que não tenho nada contra quem acredita que Deus fez o céu, terra, o universo e todos os seres vivos, contudo, essa teoria não é científica. Não houve nenhum tipo de pesquisa, tese ou amostras recolhidas, catalogadas e arquivadas sobre as ações de Deus sobre a criação do homem. A prova irrefutável está nas palavras da Bíblia e isso, para muitas pessoas, vale mais do que qualquer prova material. Portanto, por que não aplicar sua teoria na aula de religião?

Na maioria das civilizações antigas, tanto nas atuais, é possível encontrar relatos explicando a origem de tudo como um ato intencional criativo, muitas vezes destacando umas figuras como originadores divinos. Já Darwin prega que a evolução dos organismos ocorre através de uma seleção natural sem qualquer intervenção divina, mas seu livro menciona brevemente a ideia de que seres humanos também deveriam evoluir como tal quais outros organismos. Científico e polêmico. Séculos apósa apresentação dessa ideia, ela sobreviveu aos protestos mais ácidos da Igreja e ainda é a mais respeitada dentro do mundo científico. Mesmo assim, algumas escolas acham importante dar a liberdade de pensamento a uma criança colocando uma matéria dessas na aula de ciências e comparando as teorias. Na minha visão, são dois assuntos que tenho enorme respeito, porém distintos. U m é científico e outro teológico. Não existe razão para estarem no mesmo lugar, sem querer eleger grau de importância.

Darwin merece seu crédito pelos cinco anos viajando naquele navio em lugares poucos explorados ainda pelo homem. Como a idéia do criacionismo também merece seu espaço e seguidores. Contudo, senhores educadores, saibam separar os assuntos, pois só assim se cria uma liberdade de pensamento livre de qualquer influência arbitrária e proposital.

Um dia Deus, no outro um mero mortal

Uma pessoa alcança algo inimaginável no esporte e, um segundo depois de ter alcançado o Olimpo, é jogada novamente à condição de reles mortal por deslizes tão surpreendentes quanto seu extraordinário desempenho. Michael Phelps é esse tal cara. Recordista em número de medalhas, maior atleta olímpico de todos os tempos, protagonista das Olimpíadas de Pequim, famoso, milionário e jovem. Consequentemente, junto desse pacote vem à imaturidade e a falta de juízo.

Michael saiu para curtir umas amigas numa festa dentro do campus da Universidade de Columbia e, um minuto após a curtição começar a rolar, ele se esqueceu quem ele era. Provavelmente, ele se sentia um daqueles estudantes, com o futuro pela frente, estudando para serem engenheiros, advogados, jornalistas, médicos e, quem sabe, depois de uma vida inteira de trabalho suado, chegar a ganhar 10% do que Michael já ganhou pelo esporte.
A diferença nessa festa é que todos os estudantes que estavam nela, exceção de Michael, não têm compromissos profissionais ainda, não tem a pressão de resultados, o sacrifício de treinos árduos e diários, a manutenção da imagem, a responsabilidade de ser um exemplo e modelo. Infelizmente, para Michael, que tem o total direito de curtir e se divertir também, um “baseadinho” na casa de amigos pode ter um efeito muito mais destrutivo do que alguns neurônios.

Se for comprovado o consumo de maconha, Phelps pode ser banido por 4 anos das piscinas, ou seja, a Olimpíada de Londres, em 2012, não teria a presença do astro e, naturalmente, seria muito difícil revermos as performances impressionantes do atleta que estaria com 27 anos. Pode ser um triste fim para quem, até pouco tempo, era lembrado como um monstro das piscinas. Vai ser citado agora como o maconheiro das águas.