Você se lembra daquela risada de deboche do ministro Gilmar Mendes, há alguns dias, quando acusado de estar destruindo a reputação do judiciário nacional desde que assumiu a presidência? Pois bem, gostaria de saber se ele consegue rir novamente depois dessa nova evidência de ele tem um comportamento perdulário com o dinheiro do contribuinte.
O Supremo Tribunal Federal pagou ao presidente da Casa, Gilmar Mendes, R$ 114.205,93 em diárias de viagem nos 13 meses de sua gestão. Isso significa que, passado um mês da metade de seu mandato, Gilmar recebeu praticamente quatro vezes o total acumulado por sua antecessora, a ministra Ellen Gracie, nos 24 meses em que ela dirigiu a corte. Em dois anos, o STF gastou R$ 31.159,90 com despesas de hospedagem, locomoção e alimentação em viagens nacionais e internacionais da ministra.
Na média mensal, o atual presidente recebe aproximadamente R$ 8.700 em diárias, seis vezes o valor registrado a cada mês por Ellen, R$ 1.300. Apenas nos cinco primeiros meses deste ano, o Supremo repassou a Gilmar mais do que havia destinado à ministra em seus dois anos de gestão.
O Supremo depositou R$ 43.899,75 na conta do ministro para cobrir despesas com viagens entre janeiro e o último dia 20. O montante equivale a quase dois salários de um ministro do STF, que é de R$ 24.500, teto do funcionalismo público. No ano passado, ele recebeu R$ 70.109,44 com o benefício desde o dia em que assumiu a presidência da corte, em 23 de abril.
Além de inflacionar substancialmente as despesas da Casa, o ministro fez viagens internacionais a lugares de grande atração turística como França e Espanha. Ellen Gracie, no seu período de presidência, fez apenas uma viagem internacional para o Paraguai.