Tem certas coisas que eu leio, releio e, além de não acreditar, me provoca indescritível desdém. A política brasileira, nos últimos meses, vem mostrando sua face mais crua e assustadoramente verdadeira e transparente. O resultado disso é essa super exposição de estripulias dos nossos nobres representantes, que perderam completamente a razão e o bom senso em serem cínicos e hipócritas com o povo como sempre fizeram. Agora, eles mostram suas "entranhas" sem ninguém pedir e não tem a mínima vergonha de se passarem por corruptos, antiéticos, falastrões e, por que não, pseudo-intelectuais para satisfazerem o seu ego.
A prova mais cruel e desavergonhada do lobby que os políticos brasileiros fazem em instituições públicas idôneas veio à tona nessa semana. Nosso excelentíssimo ex-presidente e agora senador Fernando Collor de Melo acabou de conquistar uma cadeira na Associação Alagoana de Letras (AAL). Não, você não leu errado, ASSOCIAÇÃO ALAGOANA DE LETRAS. O nobre senador é agora um imortal.
Pra mim, Collor seria um imortal de qualquer forma. Sempre lembrado como o primeiro presidente brasileiro a sair desmoralizado do Palácio do Planalto, depois de um impeachment que desmantelou uma quadrilha conhecida como “anões do orçamento”. No entanto, Collor agora é imortal pela contribuição literária que ele ofereceu a alguns brasileiros: aproximadamente sete artigos e discursos proferidos durante sua carreira política, todos editados pela editora do Senado e nenhum comercializado em livrarias para o povo.
Resumindo, Collor se tornou imortal por essa "obra literária" restrita a colegas e amigos próximos e aos outros imortais da AAL que, leram, consideraram interessantes e votaram nele. Aliás, dos 30 imortais que votaram 22 foram a favor do senador e apenas oito em branco. Nenhum contrário. Ele dividirá espaço na história com nomes como Jorge Lima, considerado o "príncipe dos poetas" alagoanos e o lexicógrafo Aurélio Buarque de Hollanda.
No próximo dia oito de outubro, Collor sentará na cadeira de número 20, a qual pertenceu a seu pai, Arnon de Melo, que era jornalista e publicou alguns livros. (Porém, recomendo que façam uma busca por esse nome na wikipédia, já que esse senhor “elevou o nível do Senado” nos anos 60 com uma arma em punho e a imunidade parlamentar nas costas).
A política nacional está se tornando um vírus muito potente, pois além de contaminar a opinião pública, vem espalhando toda sua influência podre e devastadora em instituições que já olhamos um dia com grande orgulho.
A prova mais cruel e desavergonhada do lobby que os políticos brasileiros fazem em instituições públicas idôneas veio à tona nessa semana. Nosso excelentíssimo ex-presidente e agora senador Fernando Collor de Melo acabou de conquistar uma cadeira na Associação Alagoana de Letras (AAL). Não, você não leu errado, ASSOCIAÇÃO ALAGOANA DE LETRAS. O nobre senador é agora um imortal.
Pra mim, Collor seria um imortal de qualquer forma. Sempre lembrado como o primeiro presidente brasileiro a sair desmoralizado do Palácio do Planalto, depois de um impeachment que desmantelou uma quadrilha conhecida como “anões do orçamento”. No entanto, Collor agora é imortal pela contribuição literária que ele ofereceu a alguns brasileiros: aproximadamente sete artigos e discursos proferidos durante sua carreira política, todos editados pela editora do Senado e nenhum comercializado em livrarias para o povo.
Resumindo, Collor se tornou imortal por essa "obra literária" restrita a colegas e amigos próximos e aos outros imortais da AAL que, leram, consideraram interessantes e votaram nele. Aliás, dos 30 imortais que votaram 22 foram a favor do senador e apenas oito em branco. Nenhum contrário. Ele dividirá espaço na história com nomes como Jorge Lima, considerado o "príncipe dos poetas" alagoanos e o lexicógrafo Aurélio Buarque de Hollanda.
No próximo dia oito de outubro, Collor sentará na cadeira de número 20, a qual pertenceu a seu pai, Arnon de Melo, que era jornalista e publicou alguns livros. (Porém, recomendo que façam uma busca por esse nome na wikipédia, já que esse senhor “elevou o nível do Senado” nos anos 60 com uma arma em punho e a imunidade parlamentar nas costas).
A política nacional está se tornando um vírus muito potente, pois além de contaminar a opinião pública, vem espalhando toda sua influência podre e devastadora em instituições que já olhamos um dia com grande orgulho.
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